segunda-feira, 27 de maio de 2013

Pesquisador alerta para crimes virtuais

Um espaço sem fronteiras, com limites difíceis de serem definidos, mas que ainda assim obedece às mesmas regras que precisamos seguir fora dele. Com a popularização da tecnologia e das redes de computadores, os chamados crimes informáticos, e-crimes, cybercrimes, crimes eletrônicos ou crimes digitais aumentam proporcionalmente. Apenas em 2012, 28,3 milhões de brasileiros foram vítimas deste tipo de delito, que causaram um prejuízo equivalente a 15,9 bilhões ao país, segundo a corporação especializada em segurança virtual Symantec.
Na última quarta-feira (22), o mestre em Direito Penal e Criminologia, Spencer Toth Sidow, da Universidade de São Paulo (USP), esteve em Belém lançando o livro “Crimes Informáticos e Suas Vítimas”. Na publicação, o especialista aborda de que forma as vítimas de crimes virtuais são corresponsáveis pelos delitos. “Se uma pessoa estranha ou site nitidamente falso pede o número do cartão de crédito e a pessoa, de forma irresponsável, dá, a culpa de ser vítima de estelionato também é dela. É como se eu defendesse alguém que foi atropelado porque pulou em cima de um carro em movimento”, compara.
Segundo o professor Sidow, os crimes mais comuns na internet são os patrimoniais, como o estelionato, crimes contra a propriedade intelectual, como reprodução ou apropriação indevida de peças com direitos autorais e falsidade ideológica. No entanto, no topo do ranking, segundo o especialista, estão os crimes contra a honra, como calúnia e difamação. “As pessoas se sentem muito seguras atrás de um computador, pensam que estão imunes e que nada vai acontecer a elas. É importante que se tome ciência de que você tem responsabilidade por tudo que faz na internet. Difamar alguém no Facebook, por exemplo, é crime”, alerta.
Graças a um tutorial ensinando como detectar e evitar uma adulteração em um caixa eletrônico do banco Itaú, o professor Spencer ganhou grande repercussão no Youtube, popular site de compartilhamento de vídeos. “Existem muitos sistemas de adulteração. Como caixas eletrônicos são iguais em todo o mundo, as pessoas não atentam para os detalhes”, explica Sidow.
 

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Porto Alegre participa de projeto para deixar Município mais integrado

Porto Alegre recebeu na última semana uma proposta com as recomendações para tornar a cidade mais integrada e inteligente. O documento é resultado da participação do Município no programa IBM Smarter Cities Challenge que, este ano, analisou os processos das 36 cidades vencedoras ao redor do mundo com o objetivo de auxiliar no desenvolvimento socioeconômico e capacitar líderes globais.
 
Durante um mês o grupo composto por seis executivos da IBM e da CITI se reuniu com diversas secretarias e departamentos do governo para levantar referências e informações sobre os processos relacionados à cidade e seus problemas.
 
A proposta contempla ações orientadas ao cidadão, que são de rápida implementação, baixo custo e alto impacto na vida da cidade. Por exemplo, a criação do Centro para a Cidade Cognitiva, que servirá como ponto central para que profissionais de diversos órgãos da prefeitura se reúnam para pensar, desenvolver e implementar novos projetos, avaliar planos externos, bem como atuar como catalisadores de inovação.
 
Faz parte das principais recomendações do time de executivos globais um portal para reunir informações referentes a custos, processos e monitoramento de todos os projetos aprovados pelo Orçamento Participativo. A ação permitirá a interação entre cidadão e governo.
E também a utilização de softwares capazes de detectar a satisfação da população sobre ações, projetos e notícias referentes ao governo e suas propostas, por meio de redes sociais e blogs. Além disso, a implantação de um ciclo fechado para o “156 Fala Porto Alegre”, com o objetivo de receber informações e reclamações dos cidadãos, assim como criar interação, melhor resposta e orientação aos mesmos.
 
Outra ação importante é informar a população sobre rotas disponíveis nos transportes públicos e implementar sensores de estacionamento para garantir a mobilidade e a qualidade no deslocamento na cidade. Também foi sugerido que se instrumentem táxis e veículos oficiais com aparelhos GPS e smartphones para tornar Porto Alegre líder em crowdsourced - modelo que utiliza a inteligência e o conhecimento coletivo e voluntário espalhados pela Internet para resolver problemas e gerar fluxo de informação.
 
Criado em 2011, o IBM Smarter Cities Challenge é um programa de responsabilidade social da IBM no qual a empresa investe US$ 50 milhões em um período de três anos para desenvolver ações que atendam aos desafios de 100 cidades. Os centros urbanos participantes são convidados a propor um desafio relacionado a sua infraestrutura. Nos dois primeiros anos do programa, o projeto realizou o trabalho em 64 cidades de todo o mundo.

Fonte: Confederação Nacional de Municípios



 

Apresentação

O Observatório de Notícias sobre Governo Eletrônico (ONeGov) foi criado no dia 23 de maio de 2013, com a finalidade de agregar notícias sobre governo eletrônico e assuntos conexos.